sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Ô, abre alas, que eu quero sentar e ver TV

Digam o que quiserem, mas o Carnaval não é totalmente como já foi um dia. Assim, se você parar pra imaginar que, não muitas gerações atrás, as pessoas jogavam lança-perfume no ar para animar as festas, você entende o que eu quero dizer.

Não que a empolgação tenha ido embora - muito, muito pelo contrário -, apenas o conceito de "Carnaval" mudou de um jeito trágico. Antigamente, pessoas de todas as idades vestiam suas fantasias e máscaras e saíam cantando marchinhas como a famosa Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, ou A Jardineira, de Benedito Lacerda e Humberto Porto. Agora? Bem, vejam por vocês mesmos:


Trio elétrico do Netinho

É uma mistura grande, se querem saber. O Brasil sempre foi um país diversificado, seja em paisagens, sotaques, gastronomia, estilos musicais ou qualquer outra coisa; hoje em dia, as festas de Carnaval variam de trios elétricos de Axé a superfestas de música Eletrônica com DJs internacionais.

Não que eu esteja reclamando, longe de mim. Eu realmente acho algo bom, porque eu, particularmente, não teria todo o empenho de ficar atrás de um caminhão pulando e cantando Axé. Mas acho que, como vários outros feriados do mundo todo, a essência original do Carnaval se perdeu. Quer dizer, minha mãe passa os dias do feriado vendo os desfiles das escolas de samba do Rio, Salvador e São Paulo. Pela TV. E nem mesmo torce pra nenhuma delas.

O que eu quero dizer é que: vou passar o Carnaval na minha cidade - que não é litoral -, sozinha, com esse clima louco que varia do FC (Frio de Casacão) ao CR (Calor de Regata), onde os bares estão quase vazios porque todos estão na praia. Acho que é só dor de cotovelo.

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